É difícil depois de assistir a um jogo como esse e não despertar algum tipo de sentimento, mesmo não torcendo pra nenhum dos 2 clubes. Foi uma partida memorável em que o Santos levou o caneco pela belíssima apresentação e pela mudança de atitude, pricipalmente da diretoria, desde o começo do século. É louvável pessoas que defendem o clube e trabalham para que este cresça e volte a ser respeitado e admirado, bem distante da realidade palestrina enquanto aquela corja de carcamanos só pensa no poder e na bótia... Portanto, o time praiano merece reconhecimento sim e sua guinada se deve ao pensamento grande de quem comanda, como deve ser. Contudo, meu destaque vai para o Peñarol. Me enche de esperança, pela sobrevivência do futebol, um clube que jogue com tanto amor incondicional, dedicação, raça e afinco incomparáveis, e que supera qualquer adversidade e deficiência técnica com muita paixão à camisa! A torcida do Peñarol venerou seus jogadores que, à beira do alambrado, passavam com as medalhas de vice no peito e totalmente desolados, mas ainda lembrados de agarrar o escudo tão gigante.
Os 2 times disputaram uma guerra sem precedentes, e os uruguaios a cada lance, a cada chegada violenta e a cada esforço extremo mostraram que o futebol ainda vive, na sua mais pura identidade; paixão e guerra. Violência é o que a Sra. Globo faz com os torcedores de todo o Brasil com os horários obscenos dos jogos, em detrimento da exibição da merda da novela, e não o que aconteceu depois do jogo. Se no futebol vivêssemos de fair play e racionalidade esse seria um esporte apenas, e não o é. O futebol vive da paixão dos torcedores fora e dentro de campo, que quando provocados de imediato após o apito respondem com o coração e com pontpé, e assim deve ser. Que fique gravado para sempre esse jogo em que qualquer um dos 2 seriam merecedores da taça, e deu Santos. Por fim, aos uruguaios dedico meus sinceros parabéns e admiração a um clube e um país que em meio a tanta hipocrisia, no esporte em geral, ainda hasteia a bandeira do genuíno FUTEBOL, sem a porra da funesta modernização.
Matheus Carreira Jorge
Nenhum comentário:
Postar um comentário