Sentindo a falta de jogos no último mês, o elenco alviverde começou em ritmo lento e foi surpreendido pelo esquema ofensivo do XV, que não se intimidou.
Sempre com o meia Marlon, o time da casa envolveu a defesa palmeirense nos primeiros minutos e exigiu duas grandes defesas de Deola, ambas em chutes do camisa 9 Julio César.
No ataque, Kleber sofreu com a marcação implacável dos zagueiros adversários. A cada vez que recebia a bola, pelo menos dois rivais já estavam colados nele. Assim, o time teve de investir nas jogadas pelas pontas. Porém, Vítor e Gabriel Silva foram tímidos nos avanços e o Palmeiras ficou sem opções ofensivas.
Enérgico, o técnico Flávio Murtosa já começou a impor o estilo Felipão na equipe. Cobrando mais atenção e reclamando da arbitragem a cada falta não marcada a favor do Verdão, ele passou o tempo inteiro na área técnica, fora do banco de reservas.
Precisando sempre buscar o jogo no meio de campo, Kleber só conseguiu escapar uma vez da marcação no primeiro tempo. Suficiente para conseguir um pênalti, depois de ser derrubado pelo zagueiro dentro da área, aos 29 minutos. A cobrança, que serviria para consagrá-lo logo em sua reestreia, foi nas mãos do goleiro Leandro, que voou no canto esquerdo para espalmar o chute.
Assim, o Verdão segue sua sina de penalidades perdidas. Das últimas 10, a equipe acertou apenas duas, o que resulta no baixo aproveitamento de 20%.
Na segunda etapa, Murtosa promoveu outra estreia. O atacante Tadeu, recém-contratado, entrou para jogar mais fixo na área e liberar Kleber para o posicionamento que ele gosta mais, buscando o jogo e se movimentando pelos lados. A mudança melhorou o time, que passou a valorizar a posse de bola e jogar com paciência.
O resultado veio aos 14 minutos. Após boa troca de passes na intermediária, Vítor arriscou da entrada da área e chutou cruzado, sem chances para o goleiro Leandro. Festa para a torcida palmeirense, em bom número no estádio Barão de Serra Negra.
No entanto, os donos da casa puderam comemorar no minuto seguinte. Quando o Palmeiras ainda se arrumava na saída de bola, o XV de Piracicaba fez uma jogada rápida pela esquerda e o cruzamento rasteiro encontrou Julio César. O atacante, maior perigo da equipe alvinegra, antecipou-se à zaga e finalizou de pé esquerdo para o fundo das redes.
O empate não só animou o XV, como fez a equipe se lançar ainda mais ao ataque, tornando o jogo muito aberto e bom de se assistir. Isso abriu espaços para os contragolpes do Palmeiras, mas Kleber não estava mesmo inspirado. Vestindo a camisa 9, ele teve ótima chance aos 28 minutos. Depois de um lançamento do campo de defesa, a zaga falhou e o atacante apareceu sozinho, na frente do goleiro. Porém, ele chutou na arquibancada.
No fim, o Verdão ainda investiu nos cruzamentos e lançamentos para Tadeu, ex-Prudente, sem sucesso. A solução, mais uma vez, teve de vir pela direita. Aos 43 minutos, Vítor avançou livre pela ponta e acertou outro belo chute, dando a vitória aos estreantes Murtosa e Kleber. Dois minutos depois, o garoto Patric, aproveitando a zaga aberta do XV de Piracicaba, também fez o seu e completou a festa palmeirense no interior.
Leandro, Vinícius Bovi, Everton, João Paulo e Anderson (Diego Silva); Jordi, Felipe Nunes (Carlão), Marlon (Wesley) e Rodolfo; Julio César e Bruno. Deola, Vítor, Maurício Ramos (Leo), Danilo e Gabriel Silva; Edinho (Souza), Márcio Araújo (Patric), Lincoln (Marcos Assunção) e Cleiton Xavier (Vinícius); Ewerthon (Tadeu) e Kleber. Técnico: Moisés Egert Técnico: Flávio Murtosa Local: Barão de Serra Negra, Piracicaba (SP). Árbitro: Vinícius Furlan.
Auxiliares: Maurício Helder Alexandrino e Éder Antônio do Carmo.Público: 4.892 pagantes. Renda: R$ 104.240,00Gols: Vítor, aos 14 e aos 43 minutos, Julio César, aos 16 minutos, e Patric, aos 45 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Cleiton Xavier, Márcio Araújo (PAL); Everton (XV)
Original: Reportagem Globo
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